Simpósios – Descrição
Simpósio 1 – Efectos de un programa individualizado de actividad acuática en personas con ictus
Carla Acebes Lebrero / Universidad Autónoma de Madrid
Resumo
El ictus es la principal causa de discapacidad en adulto en países desarrollados, lo que conlleva a un gran impacto socioeconómico. Para la mejora de la calidad de vida y de la funcionalidad en este colectivo, es común realizar actividad física en el medio acuático, ya que además de ser un facilitador del movimiento en personas con alta afectación, contribuye a la rehabilitación y a la readaptación de este colectivo. Se realizó un estudio cuasiexperimental con 16 participantes con ictus en fase crónica y alta afectación motora, para mostrar la incidencia de un programa de actividades acuáticas individualizado en la fuerza, la marcha y el equilibrio, mostrando efectos altamente satisfactorios.
Simpósio 2 – Espinha Bífida – “Do nada ao nado…”
Lúcia Amaral / APPACDM de Évora / Universidade de Évora
Resumo
Tendo como ponto de partida a preocupação de uma escola em dar igualdade de oportunidades a uma aluna com Espinha Bífida, surge um trabalho de equipa de sucesso, entre a psicomotricista e docente de educação física. Iniciou-se a descoberta de um novo mundo e com ele capacidades até aí desconhecidas. Um trabalho repleto de entrega, compromisso, com um crescimento gradual da confiança da aluna em si própria e cada vez mais objetivos para superar. Do desconhecimento das sensações que a água permite, chegámos ao nado.
Simpósio 3 – Estará a motivação para o exercício aquático terapêutico, associada a alterações na dor crónica, função e qualidade de vida?
Helena Murta / Portugal
Resumo
A dor crónica de origem músculo-esquelética (DCME) é uma das principais causas de incapacidade. O exercício terapêutico aquático parece ter efeitos positivos na diminuição da dor, promovendo a função e qualidade de vida do indivíduo com DCME. Mas será que o tipo de motivação que o indivíduo apresenta, para o exercício, tem influencia na dor, função e qualidade de vida? O estudo apresentado, pretendeu analisar a associação entre motivação e dor crônica, função e qualidade de vida, durante um programa aquático (Aqua- Lusa), de treze semanas de intervenção. A teoria da autodeterminação esteve na base deste estudo e foi essencial para compreender os vários tipos de motivação e a sua influência na manutenção ou aumento do exercício em pessoas com DCME.
Simpósio 4 – Flexibilização da Proposta da FPN para os níveis de ensino na escola de natação do Aminata
Carla Romaneiro
Resumo
A Federação Portuguesa de Natação (FPN) através do seu manual de referência para o ensino e aperfeiçoamento técnico em natação, propõem a divisão do ensino da natação em 3 grandes etapas, deixando margem para a gestão flexível do currículo, para a definição de uma identidade própria e sobretudo para a opção pelo abrangente leque de escolhas na definição das estratégias e metodologias de ensino de cada instituição/ clube. Com esta conferencia pretendemos dar a conhecer a forma como o Aminata-Évora Clube de Natação, clube certificado com selo de Ouro pela FPN, operacionalizou esta proposta da FPN.
Simpósio 5 – Interação Social criança-terapeuta em contexto meio aquático e contexto sala terapêutica em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo em idade escolar
Paula Melo / Universidade de Évora / Associação de Actividade Motora Adaptada
Resumo
Objetivo. Analisar e comparar a influência de dois contextos (piscina e sala terapêutica) na interação social entre o terapeuta e crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Métodos. Participaram 6 rapazes com PEA em idade escolar (9,3 anos ± 1,9). Cada criança foi filmada em sessões individuais em cada um dos contextos. As sessões seguiram uma abordagem espontânea e lúdica. Os comportamentos registados em vídeo foram codificados relativamente à atenção conjunta, ao envolvimento na tarefa, à expressividade facial e ao tipo de toque (funcional e afetivo). Resultados. Verificaram-se diferenças na comparação entre contextos ao nível da expressividade positiva da criança em momento de atenção conjunta e do toque funcional aceite pela criança, com maior ocorrência no contexto piscina em comparação com a sala. Conclusão. Comparativamente à sala terapêutica, a piscina foi considerada o contexto mais favorável à expressividade positiva e ao toque funcional entre crianças com PEA e o terapeuta.
Simpósio 6 – Os efeitos de um programa de adaptação ao meio aquático, em modelo de parceria pedagógica, nas competências motoras de crianças em idade pré-escolar.
Catarina Iria / Universidade de Évora
Resumo
Existe uma forte ligação entre as atividades aquáticas e o desenvolvimento de competências motoras como o equilíbrio, a praxia global e a praxia fina (Moreno & Paula, 2005). O estudo apresenta uma amostra de 50 crianças em idade pré-escolar, divididas em grupo experimental (GE) e grupo de controlo (GC). A intervenção foi desenvolvida com a participação de uma psicomotricista e uma professora de educação física em regime de parceria pedagógica, durante 15 semanas. Foi aplicada a Bateria de Avaliação do Movimento para Crianças 2 (MABC-2) para avaliar as competências motoras, pré e pós intervenção, tanto no GE como no GC.
Simpósio 7 – Recuperar memórias através da atividade aquática – uma abordagem da Terapia Ocupacional
Ana Isabel Ferreira / Instituto Politécnico de Beja – Departamento de Saúde
Resumo
O Envelhecimento da população nos países desenvolvidos é um facto e Portugal não é uma exceção. O Alentejo é uma das regiões em que mais se evidencia esta característica demográfica. Associadas ao envelhecimento surgem alterações em diferentes competências, sendo a área cognitiva uma das mais comprometidas. As repercussões podem ser devastadoras, para a pessoa idosa e para a sua família, prejudicando o desempenho ocupacional e a participação. A Terapia Ocupacional em Meio Aquático desenvolve a sua abordagem, através da utilização das propriedades especificas deste contexto (pressão hidrostática, força de impulsão, esteira, entre outros) favorecendo a perceção, integração e cognição com vista a favorecer o desempenho ocupacional ativo e equilibrado. Esta comunicação incluirá uma fundamentação teórica da abordagem, acompanhada da partilha de um protocolo de intervenção já aplicado a 6 idosos.
Simpósio 8 – The Effect of Thoracic Manipulation on Pulmonary Function in Swimmers: a Randomized Controlled Crossover Trial
Alexandre Cordeiro / IPLUSO – Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches
Resumo
Analyze the effect of thoracic spinal manipulation (TSM) on forced vital capacity (FVC), forced expiratory volume in one second (FEV1) and maximal voluntary ventilation (MVV) measured at baseline and at, 1, 10, 20 and 30 minutes. There was no statistically significant for FVC (p = 0.35) and FEV1 (p = 0.25) in any of the 5 evaluation moments. In MVV (p = 0.02) there was a reduction between baseline and at 10 and 30 minutes. Comparing the two groups, no significant differences were observed, being FVC (p = 0.44), FEV1 (p = 0.60) and MVV (p = 1.00) respectively.
Simpósio 9 – Exercício Aquático: impacto metabólico e cardiovascular
Joana Filipa Reis / Universidade Europeia / Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa
Resumo
Nesta conferência serão apresentados resultados de um estudo onde se comparou o impacto cardiovascular e metabólico de 3 padrões básicos de exercício aquático: “front kick”, “jumping jack” e “cross crountry ski”. Adicionalmente, foi também estudado o efeito do aumento da cadência na resposta do indivíduo. Em cada uma das situações foram avaliadas as adaptações agudas da frequência cardíaca, consumo de oxigénio e lactatemia obtidas por sujeitos jovens e saudáveis.
Simpósio 10 – “Osteoartrose ConVida”: Efeitos de um programa de exercícios em meio aquático + educação na qualidade de vida, dor e funcionalidade em utentes com osteoartrose
Andreia Pombares / Sporting Clube de Portugal / Egifisio Saúde & Bem-Estar
Resumo
A osteoartrose é uma condição crónica, com diversos sintomas associados que conduzem à diminuição da qualidade de vida. Assim, este projeto teve como principal objetivo promover a qualidade de vida em utentes com Osteoartrose do joelho e/ou da anca, através da melhoria da sintomatologia relativamente à dor e funcionalidade. Realizou-se um programa de hidroterapia + componente educativa durante 11 semanas nas piscinas municipais de Palmela. Obtiveram-se melhorias nos diversos outcomes avaliados relativamente à sintomatologia e conhecimento, o que sugere que um programa de Fisioterapia Aquática de 11 semanas + Educação poderá ter efeito nestes parâmetros.
Simpósio 11 – Exercício físico em piscina para pacientes com Síndrome de Fibromialgia
Pablo Tomás Carús / Universidade de Évora – Departamento de Desporto e Saúde
Resumo
A Síndrome da Fibromialgia (SFM) é uma patologia crónica caracterizada, entre outros sintomas, por dor generalizada, rigidez muscular, condição física reduzida e fadiga, sendo fatores limitantes na vida diária dos pacientes que mostram uma qualidade de vida reduzida. Demonstrou-se que o exercício físico de baixo impacto e os banhos de água quente são ferramentas úteis no tratamento de grande parte dos sintomas da SFM e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Assim, o exercício físico realizado em uma piscina de água quente mostra resultados especialmente positivos nas condições físicas gerais, força muscular, dor, fadiga e humor do paciente.
Simpósio 12 – Da inutilidade da natação para bebés
Susana Soares / Faculdade de Desporto – Universidade do Porto
Resumo
Partindo da ideia de inutilidade da natação para bebés, expressa por vários sujeitos mais ou menos ligados à prática desportiva em geral e à da Natação em particular, na conferência procurar-se-á formular uma resposta que permita aos profissionais que trabalham com educação aquática infantil contrariar rapidamente e de forma sustentada uma abordagem com este teor.
Simpósio 13 – O caminho da iniciação à competição, na natação adaptada, numa visão social | CANCELADO
Joana Teixeira / Futebol Clube do Porto
Resumo
O papel do clube desportivo cada vez se torna mais preponderante no desenvolvimento bio-psico-sócio-cultural do atleta. Quando olhamos para a natação adaptada, este papel toma outra magnitude, sendo muitas vezes a chave para o sucesso no desenvolvimento de inúmeras competências, especialmente sociais. A equipa de Natação Adaptada do FC Porto, constituída por atletas com diversos tipos de deficiência, procura diariamente dar resposta a um conjunto de necessidades. Este trabalho contínuo e multidisciplinar, adaptado às características de cada atleta, permite uma constante evolução desde a iniciação à competição, evolução essa que tem apresentado resultados significativos nos últimos 5 anos.
Simpósio 14 – Mais e melhor natação na escola: uma proposta pedagógica para uma aprendizagem essencial
Aldo Costa / Universidade da Beira Interior – Departamento de Ciências do Desporto
Resumo
Saber nadar é uma Aprendizagem Essencial prevista no curriculum de Educação física para o 1º ciclo do Ensino Básico em Portugal. Contudo, a sua implementação só será eficaz quando deixar de ter carácter facultativo. São vários os fatores que interferem no desenvolvimento da competência aquática dentro da realidade escolar, nomeadamente a mobilização de recursos, o quadro legislativo actual mas sobretudo uma abordagem pedagógica cientificamente sustentada e coerente com as recomendações mais recentes, incluindo para a diminuição do risco de acidente aquático. Nesta conferência abordaremos com brevidade estes principais desafios e apresentaremos um projecto pedagógico, recorrendo a um processo hierarquizado de competências, flexível no seu modo de organização, mas suficientemente prescritivo para detalhar a intervenção em contexto educativo.
Simpósio 15 – Programa Aqua Lusa – Programa de exercícios aquáticos terapêuticos
Helena Murta / Portugal
Resumo
O ”Programa Aqua Lusa” (PAL) é um programa de exercício aquático terapêutico inserido num Programa Global de Fisioterapia: “Aqua Fisio Lusa” .
Este programa foi concebido nos anos 90, para dar resposta às necessidades dos clientes com dor crónica de origem Musculo Esquelética (a maioria por doença reumatológica) que procuravam a Piscina Municipal de Palmela e tem vindo a ser melhorado ao longo dos anos, resultado de um conjunto de influências : a melhor evidência existente, a experiência clinica (aprender, ouvindo e observando/avaliando o cliente) e uma variedade de metodologias de intervenção: Halliwick, Bad Ragaz, Tai-chi, Pilates, treino proprioceptivo, treino funcional, métodos e técnicas de cinesioterapia respiratória, programas educacionais e de estratégias de “coping” de dor, treino de equilíbrio e coordenação oculomotora, treino cognitivo, terapia manual, “deep water” (DW) e “DW running”, entre outras.
Simpósio 16 – Caracterização do comportamento muscular através da utilização de plataformas de instabilidade – Aquabalance
Nuno Batalha / Departamento de Desporto e Saúde, Universidade de Évora
Resumo
Aquabalance é uma atividade que se realiza sobre plataformas AquaFit Board de O´live. Através do exercício nestas plataformas poderemos melhorar o equilíbrio, a propriocepção, a força e a resistência. Uma vez que é um treino realizado em plataformas instáveis, com base numa variedade de exercícios de instabilidade promovidos pelo praticante, pela colocação da plataforma na água e pelas turbulências causadas pelos companheiros.O objetivo deste estudo consistirá em caracterizar o comportamento muscular com recurso à Electromiografia de Superfície com e sem turbulência nas plataformas Aquabalance, nos exercicios de: i) agachamento; ii) prancha.
Simpósio 17 – Do movimento ao deslocamento
Carlos Santos & Eduarda Veloso / Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologías & Universidade Europeia
Resumo
Gerado in útero, em meio líquido, local onde já se movimenta, o bebé nasce dotado de um conjunto de reflexos quando em contacto com a água. Depois, os movimentos vão-se modificando como resultado de um processo que segue balizado entre a maturação e a experiência.
Mais do que conhecer apenas a forma do movimento, resultado, muitas vezes de adaptações contextuais, interessa, do ponto de vista do desenvolvimento da criança e com olho na sua autonomia e consequente segurança, entender como pode esse movimento traduzir-se em deslocamento. Nesta comunicação assiste-se ao eclodir dos Deslocamentos como verdadeira dimensão da adaptação ao meio aquático, em detrimento do foco na tradicional propulsão.
Simpósio 18 – Efeitos do MAC na competência aquática em alunos de 3, 4 e 5 anos
Luciane de Paula Borges / Centro de Enseñanza Concertada Samaniego (Espanha)
Resumo
Nesta conferência apresenta-se o estudo realizado por Luciane de Paula Borges e Juan António Moreno Murcia, para comprovar o efeito do MAC (Método Aquático Compressivo) na competência aquática escolar, durante a infância.
A mostra foi composta por 385 alunos (195 meninos e 189 meninas) com idades compreendidas entre os 3 e 5 anos (M = 4.32 anos; DT = 1.09), pertencentes a um centro educacional infantil espanhol. 217 estudantes possuíam 3 anos, 123 possuíam 4 anos e 135 possuíam 5 anos.
Simpósio 19 – O trabalho das emoções em aulas aquáticas com mulheres grávidas
Apolonia Albarracín Pérez / Consejería de Educación de la Región de Múrcia (Espanha)
Resumo
O estudo da inteligência emocional está se tornando mais importante dia após dia, e durante a gravidez, tanto para a mãe quanto para o bebé, acreditamos que ela também deva ter. Por isso propomos que as aulas aquáticas não se concentrem apenas na preparação física e psíquica para a mulher durante a gravidez e o parto, mas também leve em consideração as emoções e, dependendo disso, age.
O objetivo deste trabalho é apresentar uma experiência nas aulas aquáticas para gestantes na piscina de Águilas (Múrcia) onde, além de uma ótima adaptação das atividades físicas, dependendo de cada período ou trimestre da gravidez, também empresta atenção às emoções de cada uma, fazendo-as refletir sobre a própria mulher e a professora da atividade, e usando-a como barômetro para aplicar determinados conteúdos e atividades nas aulas aquáticas, ou eliminar similarmente outros.
Uma série de conteúdos e atividades está sendo realizada, com uma base teórica que a sustenta.
Os resultados são que a grande maioria das mulheres encerra as aulas aquáticas com um estado de prazer, bem-estar, relaxamento e intimidade com o bebê, muito benéfico para este período.
Conclui-se que levar em conta as emoções das gestantes agrega valor às aulas aquáticas. Além disso, nossos resultados apóiam a tese de que as atividades aquáticas proporcionam um clima muito adequado para o desenvolvimento adequado da gravidez e do parto.